Pensamentos de um ilhéu escritos de 2003 a 2010.
Sexta-feira, 15 de Maio de 2009
O fim das varas
A razão civilizacional saiu vencedora numa votação democrática no parlamento regional sobre uma proposta de sorte de varas fora do tempo em que a sociedade açoriana actual vive.
Sempre o povo terceirense foi amante dos touros, gosta como nenhum das suas touradas de corda, mas não aceita qualquer mal trato ao touro, é isto que caracteriza a paixão taurina terceirense e é este o seu maior cartaz internacional que deve explorar economicamente por aceite por todos.
Esta votação também mostrou como uma pequena, mesmo muito pequena elite terceirense foi capaz de amplificar o seu gosto contra todo o sentimento de uma população e como 26 deputados regionais não foram capazes de distinguir o particular do interesse dos seus eleitores, prestando assim um mau serviço à região e ao seu povo.
Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009
Mais touros
Tenho acompanhado a discussão pela net no Diário Insular sobre a sorte de varas nas touradas na Terceira.
Há dias já aqui escrevi sobre o assunto e contra o acto da sortes de varas que é uma barbárie injustificada que nada tem de arte em pleno século XXI, a não ser o culto do sangue vindo de civilizações da América do Sul, hoje em completo declínio.
Como também considero completamente imbecis, por não terem qualquer cobertura reconhecida pela comunidade cientifica, as afirmações de um tal professor que julgo espanhol e que afirma que o touro na sorte de varas, apesar de ferido profundamente, não sente qualquer dor ou sofrimento.
Os touros sempre foram acarinhados pelos terceirenses, ainda me lembro do meu avô materno me descrever os touros e as corridas de corda do seu tempo, estas fazem parte de uma tradição que defendo como genuína de um povo e de uma região.
Para a nossa afirmação como povo, não precisamos importar aquilo que nada tem a ver com a nossa vivência de 5 séculos, nestas pequena ilhas no meio do atlântico.
Domingo, 15 de Junho de 2008
Tourada
«A mensagem que queremos passar a estas e a todas as outras empresas é que apoiar a tortura de animais, como acontece com a tourada, além de eticamente inaceitável, é também uma opção ruinosa, em termos publicitários, promocionais e comerciais», salienta Rita Silva, vice-presidente da Animal. «Por todo o mundo e certamente em Portugal, os consumidores estão cada vez mais conscientes, mais informados, mais preocupados e mais activos».
Por concordar com esta posição aqui a deixo como testemunho para consciencialização neste período de festas.