Pensamentos de um ilhéu escritos de 2003 a 2010.
Sábado, 27 de Novembro de 2010
FMI
O país tem sido quase forçado a solicitar apoio ao FMI, como se não existisse economistas competentes apesar de por vezes não os vermos.
O governo tudo tem feito para desmontar junto dos mercados esta intenção, espero que o consiga, mas todo este empenho também conduz a se tal não for possível mesmo por razões alheias ao governo, este deixa de reunir condições políticas para continuar, aguardemos calmamente o desenrolar deste romance de especulação.
Terça-feira, 7 de Setembro de 2010
Mercados agrícolas
Foi ontem aprovado no Parlamento Europeu, o relatório sobre um melhor funcionamento da cadeia de abastecimento alimentar, no qual o Deputado açoriano Luís Paulo Alves foi o responsável pelo Grupo Socialista Europeu na negociação dos compromissos que foram agora aprovados.
O deputado afirmou no Plenário que “este relatório é essencial numa altura em que as políticas agrícolas se encontram cada vez mais orientadas para os mercados e os agricultores se vêem confrontados, na Europa, com níveis de rendimento muito baixos.”
Segundo o Deputado, “é por isso que, se os rendimentos dos agricultores vão depender cada vez mais de boas práticas, leais e concorrenciais e dum sistema de supervisão que garanta o seu bom funcionamento.
Sexta-feira, 23 de Abril de 2010
Atenção ao Euro
Neste contesto económico e político onde actualmente nos movemos, por vezes escapa-nos os pormenores, transcrevo as ideias principais de João Costa Pinto, presidente da Caixa de Crédito Agrícola e ex-vice-governador do Banco de Portugal, no "Jornal de Negócios", de 21-04-2010.
“Vive-se uma batalha pela sobrevivência da união monetária europeia (...). Há interesses e forças, quer especulativas, quer políticas, e grupos de interesse do mundo anglo-saxónico interessados em testar até ao limite a resistência do euro (...). É certo que algumas economias mais periféricas, como a portuguesa, têm debilidades, mas isto é um ataque ao euro através da concentração nos elos mais fracos da cadeia”.
Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009
A crise económica regional
Os Açores também estão a atravessar um momento de crise económica como todo o mundo e isso é razão para preocupação para nós.
A crise nacional, a redução do preço do leite e a fraca actividade turística, são razões para a situação crise económica regional.
Em primeiro lugar a crise nacional nas finanças públicas, que se tem traduzido também numa menor transferência de algumas verbas para os Açores.
Em segundo lugar, redução do preço do leite, tendo esta conduziu à diminuição dos rendimentos dos lavradores e isso levou a um decréscimo interno na procura de produtos e serviços regionais.
Por último a actividade turística também em diminuição de procura na Região, a menor procura não tem dinamizado os outros sectores regionais complementares.
Domingo, 25 de Outubro de 2009
O crédito malparado
O crédito malparado entre as empresas açorianas alcançou os 3,2 por cento em Agosto, um dos valores mais elevados dos últimos anos, revela o Banco de Portugal, que confirma assim as dificuldades que atravessam os empresários locais.
A dificuldade crescente das empresas açorianas em liquidar as respectivas dívidas resulta da crise financeira e económica internacional que acabou por se reflectir em Portugal continental e Regiões Autónomas, como era de esperar.
Segunda-feira, 7 de Setembro de 2009
CALF
A crise do leite em toda a União Europeia atinge os Açores com a intensidade de outros países produtores.
A produção faialense encontra-se unida na sua cooperativa de produção a CALF, enfrentando esta uma crise na competitividade dos preços de comercialização no mercado europeu, apesar de se ser sócia da empresa regional para a comercialização dos seus produtos fora da Região Autónoma, penalizando assim involuntariamente os seus associados.
Sendo os Açores uma região altamente vocacionada para a produção leiteira, esta situação está a provocar ansiedade e preocupação, espero que nesta dificuldade a união entre a produção com a sua cooperativa se mantenha, porque só assim se poderá, com muita dificuldade, ir encontrando novos mercados normalizando a tesouraria de todos os envolvidos.
Quinta-feira, 21 de Maio de 2009
A crise
O presidente do Banco Mundial sublinhou que a recuperação económica tardará a chegar e quando ocorrer será de "baixa intensidade durante muito tempo" porque a indústria não tem escoamento e o desemprego vai continuar a crescer.
O presidente do Banco Mundial considerou também como pouco provável que se repita uma depressão como a dos anos 30, embora "se acontecesse, seria terrível", com alto custo social, sobretudo nos países em desenvolvimento.
Será isto o que nos reserva o futuro?