Pensamentos de um ilhéu escritos de 2003 a 2010.
Quinta-feira, 16 de Setembro de 2004
Manuel de Arriaga
Os restos mortais de Manuel Arriaga foram hoje trasladados do cemitério dos Prazeres para o Panteão Nacional. Numa cerimónia que contou com a presença das mais altas individualidades do Estado.
Após uma cerimónia que incluiu uma salva de 21 tiros disparados por uma fragata da Marinha portuguesa fundeada no Tejo, em frente ao Panteão Nacional, bem como interpretações do requiem de Mozart pelo coro do Teatro Nacional de S. Carlos, o Presidente da República e o presidente da Assembleia da República evocaram o legado de Manuel Arriaga.
"A figura de Manuel de Arriaga lembra-nos que precisamos de nos inspirar em valores para agir, mas que devemos agir consequentemente e tendo em conta a complexidade dos tempos e das situações", afirmou Jorge Sampaio no seu discurso de homenagem ao "português ilustre" eleito Presidente da República a 24 de Agosto de 1911.
Por sua vez, Mota Amaral realçou que o Panteão Nacional - que a partir de hoje recebe os restos mortais de Manuel de Arriaga, "é o jazigo de honra dos cidadãos e cidadãs que pelos seus feitos mais se notabilizaram e engrandeceram o país" e que, por isso, "distinção mais alta dificilmente se pode conceber".
Manuel de Arriaga nasceu na Horta, Ilha do Fayal, Açores e foi desta cidade que partiu o movimento para a sua transladação para a Panteão Nacional, encabeçado pelas autoridades locais e pelos antigos alunos do Liceu da Horta actual Escola Secundária Manuel de Arriaga.